A Revolução Francesa e o Império Napoleônico
Revolução
Francesa
Rebelião política e social que acontece na França, de
1789 a 1799. Sob o lema "Igualdade, Liberdade, Fraternidade", a
burguesia revolta-se contra a monarquia e, com o apoio popular, toma o poder,
instaurando a primeira república. Os revolucionários acabam com os privilégios
da nobreza e do clero e livram-se das instituições feudais do Antigo Regime.
Mesmo com a queda do Império Napoleônico, em 1815, e a ameaça da restauração monárquica
pelas potências européias vencedoras, a burguesia retoma o controle do governo
francês em 1830 e o Estado burguês, construído por Napoleão Bonaparte
(1769-1821), permanece.
No final do século XVIII, 98% da população pertence ao
Terceiro Estado, que reúne ricos burgueses e camponeses. Ele arca com os
pesados impostos que sustentam o rei, a nobreza e o clero. A população também
sofre com os abusos do absolutismo de Luis XVI (1754-1793).
A burguesia detém o poder econômico, mas perde as
disputas políticas para os outros Estados (nobreza e clero), que se aliam nas
votações. Estimulada pelos ideais do iluminismo, revolta-se contra a dominação
da minoria. A partir de 1786, a indústria entra em crise com a concorrência dos
produtos ingleses. Uma seca reduz a produção de alimentos. Há fome e miséria. O
apoio da França à Independência dos EUA havia comprometido ainda mais a
economia. Em 1788, o rei convoca a Assembléia dos Estados Gerais, um ano depois
que os nobres, na Assembléia dos Notáveis, se recusam a aceitar medidas contra
os privilégios.
A tomada da Bastilha - Os Estados Gerais começam seus
trabalhos em maio de 1789, no Palácio de Versalhes. Para garantir a vitória, a
nobreza quer que a votação ocorra por classe. O Terceiro Estado exige votação
por cabeça, pois tem 610 deputados, contra 270 da nobreza e 291 do clero, além
de contar com a adesão de nobres influenciados pelo iluminismo e de parte do
clero. A disposição de liquidar o absolutismo e realizar as reformas leva a
bancada do Terceiro Estado a autoproclamar-se Assembléia Nacional Constituinte,
em junho de 1789. A população envolve-se e as revoltas em Paris e no interior,
causadas pelo aumento do preço do pão, culminam no dia 14 de julho com a tomada
da Bastilha. Grande parte da nobreza emigra. Em 4 de agosto de 1789, a
Constituinte abole os direitos feudais ainda existentes.
A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, aprovada
pela Assembléia Constituinte em agosto de 1789, defende a propriedade privada
como inviolável e sagrada, institui a igualdade jurídica e a liberdade pessoal.
Em setembro de 1791, fica pronta a Constituição, que institui a monarquia
parlamentar, proclama a igualdade civil, confisca os bens da Igreja e proíbe
greves e associações operárias. A unidade inicial contra a nobreza dá lugar à
complexa composição partidária. Os girondinos representam a alta burguesia, têm
maioria e o apoio do rei, e combatem a ascensão dos sans-culottes (o povo). Os
jacobinos representam a pequena e média burguesia, são mais radicais e,
liderados por Robespierre (1758-1794), buscam o apoio popular. Os cordeliers,
representantes dos pobres, oscilam entre um lado e outro.
A república - A adesão de Luis XVI à nova Constituição é
acompanhada por conspirações em defesa da monarquia. Ele tenta fugir do país
para comandar a reação contra-revolucionária, mas é preso. Em abril de 1792, os
monarquistas patrocinam a declaração de guerra à Áustria, como possibilidade de
voltar ao poder. Austríacos e prussianos invadem a França com o apoio secreto
do rei, mas são derrotados pelos populares. Os sans-culottes, liderados por
Marat (1743-1793), Robespierre e Danton (1759-1794), assumem o governo. Criam a
Comuna de Paris em agosto de 1792 e organizam as guardas nacionais.
Radicaliza-se a oposição aos nobres, considerados traidores. Em setembro, o
povo invade as prisões e promove execuções em massa.
Forma-se nova Assembléia, a Convenção, entre 1792 e 1795,
para preparar outra Constituição. Os girondinos perdem força. A maioria fica
com os jacobinos, liderados por Robespierre e Saint-Just (1767-1794) e
reforçados pelos montanheses, grupo radical que proclama a república em 20 de
setembro de 1792. Luis XVI é guilhotinado em janeiro de 1793. Começa o Período
do Terror, que dura de junho de 1793 a julho de 1794.
Burguesia no poder - Sob o comando ditatorial de
Robespierre, criam-se o Comitê de Salvação Pública e o Tribunal Revolucionário,
encarregado de prender e julgar os traidores. A Comuna aprisiona e guilhotina
22 líderes girondinos e até jacobinos como Danton e Desmoulins (1760-1794),
acusados de conspiração. Milhares de pessoas morrem, entre elas o químico
Lavoisier (1743-1794). Poucos meses após a morte de Danton, em julho de 1794 -
dia 9 do novo mês Termidor -, Robespierre e Saint-Just são presos e
guilhotinados. Os girondinos, que no Período do Terror haviam-se omitido,
reaparecem para instalar no poder a alta burguesia. A Convenção cai em mãos do
Pântano, grupo formado por ricos burgueses que tratam de ampliar seu poder. Com
a execução de Robespierre, chega ao fim a supremacia jacobina. A Reação de 9
Termidor fecha os clubes jacobinos e redige nova Constituição, que institui
outro governo, o Diretório. Proclama mais uma Constituição (1795), que
consolida as aspirações da burguesia. No período do Diretório (1795-1799), o país
sofre ameaças externas. Para manter seus privilégios, a burguesia entrega o
poder a Napoleão Bonaparte.
Para muitos historiadores, a Revolução Francesa é o auge
de um movimento revolucionário global, que começa nos Estados Unidos, atinge
Inglaterra, Irlanda, Holanda, Bélgica, Itália, Alemanha, Suíça e chega à França
com mais violência e ideais mais bem-delineados. Abre caminho para o
capitalismo industrial nesse país e repercute até no Brasil.
IMPÉRIO
NAPOLEÔNICO
Império estabelecido por Napoleão Bonaparte (1769-1821)
na França, entre 1804 e 1815. Fruto da Revolução Francesa, dissemina os ideais
da burguesia em ascensão pela Europa . Com política expansionista, o Império se
estende por todo o continente em seu apogeu, por volta de 1810. Chega ao fim
com a derrota francesa na batalha de Waterloo.
Líder militar de sucesso, Napoleão ganha prestígio e apoio
popular nas guerras da França contra a Itália e a Áustria (1796-1797) e na do
Egito (1798). Por isso, é escolhido pela burguesia francesa para solucionar a
grave crise que havia-se instalado no governo revolucionário. Em 1799, Napoleão
dá um golpe de Estado, suprime a constituição republicana e a substitui por
outra, autoritária, concentrando todo o poder nas mãos do primeiro-cônsul,
cargo que passa a ocupar. Nesse período, chamado de Consulado, realiza obras de
pacificação e de organização dos territórios franceses. Assina com o papa Pio
VII concordata que restaura a Igreja Católica na França, submetida ao controle
do Estado. Dota a França de novas instituições administrativas, jurídicas e
financeiras. Participa ativamente da redação do código civil, promulgado em
1804, que confirma a vitória da revolução burguesa. O Code Napoléon, como é
conhecido, influencia profundamente a legislação de todos os países europeus no
século XIX. Institui os princípios de igualdade entre as pessoas, de
propriedade das terras, das heranças, a tolerância religiosa, a laicização do
estado civil e o divórcio. No exterior, Napoleão assina tratados de paz com a
Áustria, em Lunéville (1801), e com a Inglaterra, em Amiens (1802).
Expansão do império - O Império Napoleônico nasce de
forma oficial em 1804, quando um plebiscito referenda o primeiro-cônsul como
imperador da França. Napoleão é sagrado pelo papa Pio VII na catedral de Notre
Dame, em dezembro do mesmo ano. Coroado sob o nome de Napoleão I, preocupa-se
em consolidar seu poder, modernizar a França e retomar a tradição do despotismo
esclarecido.
A convivência com as potências européias torna-se
insustentável devido à política de guerra permanente do Império, levando à
formação de coalizões dessas nações contra os franceses. Napoleão I tenta
invadir a Inglaterra, mas é derrotado na batalha de Trafalgar (1805). Volta-se,
então, para a Europa central. Vence a Áustria na batalha de Austerlitz. Por
meio de guerras e acordos, torna-se imperador da Alemanha, Itália e Holanda.
Após invadir a Prússia oriental e a Polônia (1806), obriga a Rússia a aliar-se
à França contra os ingleses. Com o objetivo de arruinar a Inglaterra, Napoleão
estabelece um bloqueio continental, que impede o comércio de mercadorias
inglesas na Europa. Para viabilizar essa estratégia, põe em prática uma
política exterior de usurpações, como a conquista de Portugal (1807), que
provoca a vinda da Corte portuguesa ao Brasil, e a invasão da Espanha (1808).
O expansionismo gera novas dificuldades: em 1809, o
Exército imperial enfrenta rebeliões militares na Espanha e assiste à formação
de uma quinta coalizão. Mas, no mesmo ano, Napoleão derrota a Áustria,
novamente em Wagram, e assina a paz de Viena. A aproximação dos dois Estados é
reforçada pelo casamento do imperador com a arquiduquesa Maria Luísa da
Áustria. Em 1810, o Império Napoleônico atinge o máximo de seu poder, com a
anexação da Holanda e do litoral alemão. Nessa época, o império tem 71 milhões
de habitantes, dos quais apenas 27 milhões são franceses. Seus domínios
abrangem quase toda a Europa, estendendo-se por uma área de 750 mil km²,
divididos em 130 departamentos.
Decadência - Em 1812, a aliança franco-russa é quebrada
pelo czar Alexandre, que rompe o bloqueio contra os ingleses. Napoleão
empreende então a campanha contra a Rússia. Entra em Moscou, mas não consegue
negociar com o czar. Durante a retirada, o frio e a fome dizimam grande parte
do exército francês. Enquanto isso, na França, o general Malet, apoiado por
setores descontentes da burguesia e da antiga nobreza francesas, arma uma
conspiração para dar um golpe de Estado contra o imperador. Este retorna
imediatamente a Paris e controla a situação. Mas, no exterior, o império começa
a perder terreno. A Prússia muda de campo. A Alemanha insubordina-se. Napoleão
aceita o armistício de Pleswitz (1813), mas recusa as condições do Congresso de
Praga. Seu exército perde a Espanha (1813).
Começa então a luta da coalizão contra a França. Com a
capitulação de Paris, o imperador é obrigado a abdicar. O tratado de Fontainebleau,
de 1814, exila Napoleão na ilha de Elba, de onde foge no ano seguinte.
Desembarca na França com um exército e reconquista o poder. Inicia então o
Governo dos Cem Dias, quando promulga o ato adicional às Constituições do
império. A Europa coligada retoma sua luta, agora com a vantagem de 2 soldados
para 1 sobre o exército francês. Napoleão entra na Bélgica em junho de 1815,
mas é derrotado pelos ingleses na Batalha de Waterloo e abdica pela segunda
vez, pondo fim ao Império Napoleônico. Então, entrega-se aos vencedores, que o
prendem na ilha de Santa Helena até sua morte
2 curiosidades são: Expansão do império.
1°_ O Império Napoleônico nasce de forma oficial em 1804, quando um plebiscito referenda o primeiro-cônsul como imperador da França. Napoleão é sagrado pelo papa Pio VII na catedral de Notre Dame, em dezembro do mesmo ano. Coroado sob o nome de Napoleão I, preocupa-se em consolidar seu poder, modernizar a França e retomar a tradição do despotismo esclarecido.
2°_ A convivência com as potências européias torna-se insustentável devido à política de guerra permanente do Império, levando à formação de coalizões dessas nações contra os franceses. Napoleão I tenta invadir a Inglaterra, mas é derrotado na batalha de Trafalgar (1805)
1°_ O Império Napoleônico nasce de forma oficial em 1804, quando um plebiscito referenda o primeiro-cônsul como imperador da França. Napoleão é sagrado pelo papa Pio VII na catedral de Notre Dame, em dezembro do mesmo ano. Coroado sob o nome de Napoleão I, preocupa-se em consolidar seu poder, modernizar a França e retomar a tradição do despotismo esclarecido.
2°_ A convivência com as potências européias torna-se insustentável devido à política de guerra permanente do Império, levando à formação de coalizões dessas nações contra os franceses. Napoleão I tenta invadir a Inglaterra, mas é derrotado na batalha de Trafalgar (1805)
Assista o vídeo:
Por: Karine, Luiza Avelino e Mateus
Amei seu resumo de história, obrigada pela ajuda me saiu de bom grado.
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