https://youtu.be/h9145jWidGo O apogeu do império do Brasil
A economia colonial brasileira esteve, desde o seu nascimento, ligada à mão-de-obra escrava. A independência e a instituição do império em nada modificaram a estrutura escravista. Ao contrário, a escravidão ficou mais acentuada. O problema básico era como manter constante o fluxo de escravos. Como a mortalidade era maior que a natalidade, a tendência era a diminuição do número de escravos. Por isso, a economia colonial precisava comprar cada vez mais escravos. A Inglaterra e o tráfico negreiro Até o século XVIII, a Inglaterra havia lucrado e acumulado muito capital com o comércio de escravos,mas no século XIX a situação mudou. Os industriais ingleses, que se desenvolveram com a Revolução Industrial, viam no escravismo um obstáculo para a expansão de novos mercados. Os ingleses achavam que os capitais aplicados na compra de escravos poderiam ser dirigidos para setores mais dinâmicos da economia, como, por exemplo, para a compra de máquinas e de produtos industriais. Além do mais, a escravidão significava um mercado restrito, ou seja, consumia muito pouco. Os ingleses queriam um mercado livre, sem o protecionismo do mercantilismo e do pacto colonial. Por essa razão é que eles combatiam o escravismo, não só em suas próprias colônias das Antilhas, como também em regiões como o Brasil. Como nos tratados de 1810 D. João já havia se comprometido a extinguir o tráfico, os ingleses sentiram-se com autoridade para iniciar a perseguição aos navios negreiros. A Inglaterra só reconheceu nossa independência com uma nova promessa de extinção, que nunca foi cumprida. Em 1831, formulou-se uma lei bastante ambígua sobre o controle do tráfico. Os escravos continuaram a ser importados. O tráfico continuava e as ações dos navios de guerra contra os navios negreiros cresciam na mesma proporção. A perseguição da Inglaterra aos navios negreiros brasileiros gerou fortes tensões nas relações entre os dois países. A Lei Eusébio de Queirós No dia 8 de agosto de 1845, foi aprovada na Inglaterra uma lei que levava o nome de seu autor, a Lei Aberdeen (Bill Aberdeen), que afirmava “(…) será lícito ao alto tribunal do almirantado e a qualquer tribunal de Sua Majestade (…) julgar qualquer que faça o tráfico de escravos africanos (…)”. O Brasil protestou contra a ingerência (intervenção) nos assuntos internos de nossa política, mas a Inglaterra não tomou conhecimento. O Brasil não tinha saída. Seria muito difícil para um país de economia agrária e dependente enfrentar a maior potência mundial da época. O governo brasileiro teve de ceder. No dia 4 de setembro de 1850, foi publicada a Lei Eusébio de Queirós, que levava o nome do ministro da Justiça, pela qual ficava extinto o tráfico de escravos entre o Brasil e a África. O número de escravos importados caiu rapidamente. As províncias do Nordeste foram as que mais sentiram o fim da importação de mão-de-obra. As províncias do Centro-Sul, que já estavam se dedicando à cafeícultura, conseguiram, num primeiro momento, superar o problema com o tráfico interno de escravos. Porque não se utilizava da mão-de-obra livre nas lavouras? Essa solução era quase impossível, se pensarmos que os três séculos de escravidão geraram uma pequena oferta de trabalhadores. E mesmo esse pequeno contingente de trabalhadores livres não queria enfrentar uma tarefa que foi sempre “coisa de negro“. O trabalho nas grandes lavouras era visto como algo aviltante (que desonra). A conseqüência mais imediata dessa situação foi que os preços de escravos subiram assustadoramente. Alguns latifundiários sentiam que o trabalho escravo era improdutivo e ensaiavam a introdução de imigrantes como mão-de-obra. PEDRO, Antônio. História de civilização ocidental. ensino médio. volume único.
imagens:
curiosidades:
01-No dia 4 de setembro de 1850, foi publicada a Lei Eusébio de Queirós, que levava o nome do ministro da Justiça, pela qual ficava extinto o tráfico de escravos entre o Brasil e a África.
02-A conseqüência mais imediata dessa situação foi que os preços de escravos subiram assustadoramente. Alguns latifundiários sentiam que o trabalho escravo era improdutivo e ensaiavam a introdução de imigrantes como mão-de-obra.
03-Como nos tratados de 1810 D. João já havia se comprometido a extinguir o tráfico, os ingleses sentiram-se com autoridade para iniciar a perseguição aos navios negreiros.
04-O problema básico era como manter constante o fluxo de escravos. Como a mortalidade era maior que a natalidade, a tendência era a diminuição do número de escravos.
05- A centralização político-administrativa foi intensificada com a adoção do parlamentarismo em 1847.
06-Era D. Pedro II que escolhia o Primeiro- Ministro. Este, por sua vez convocava as eleições as quais elegeriam os deputados que iriam compor o Parlamento.
07-A principal atividade econômica do Império foi a cafeicultura, que continuou a ocupar essa posição até a República. Além do café, foram explorados também a cana, o cacau, o algodão, a borracha, etc.
08-Os imigrantes estrangeiros substituíram os escravos nos trabalhos da lavoura cafeeira, nas regiões novas da Província de São Paulo. No Vale do Paraíba, os prejuízos foram maiores por não ter sido feita a substituição dos escravos por trabalhadores livres.
A economia colonial brasileira esteve, desde o seu nascimento, ligada à mão-de-obra escrava. A independência e a instituição do império em nada modificaram a estrutura escravista. Ao contrário, a escravidão ficou mais acentuada. O problema básico era como manter constante o fluxo de escravos. Como a mortalidade era maior que a natalidade, a tendência era a diminuição do número de escravos. Por isso, a economia colonial precisava comprar cada vez mais escravos. A Inglaterra e o tráfico negreiro Até o século XVIII, a Inglaterra havia lucrado e acumulado muito capital com o comércio de escravos,mas no século XIX a situação mudou. Os industriais ingleses, que se desenvolveram com a Revolução Industrial, viam no escravismo um obstáculo para a expansão de novos mercados. Os ingleses achavam que os capitais aplicados na compra de escravos poderiam ser dirigidos para setores mais dinâmicos da economia, como, por exemplo, para a compra de máquinas e de produtos industriais. Além do mais, a escravidão significava um mercado restrito, ou seja, consumia muito pouco. Os ingleses queriam um mercado livre, sem o protecionismo do mercantilismo e do pacto colonial. Por essa razão é que eles combatiam o escravismo, não só em suas próprias colônias das Antilhas, como também em regiões como o Brasil. Como nos tratados de 1810 D. João já havia se comprometido a extinguir o tráfico, os ingleses sentiram-se com autoridade para iniciar a perseguição aos navios negreiros. A Inglaterra só reconheceu nossa independência com uma nova promessa de extinção, que nunca foi cumprida. Em 1831, formulou-se uma lei bastante ambígua sobre o controle do tráfico. Os escravos continuaram a ser importados. O tráfico continuava e as ações dos navios de guerra contra os navios negreiros cresciam na mesma proporção. A perseguição da Inglaterra aos navios negreiros brasileiros gerou fortes tensões nas relações entre os dois países. A Lei Eusébio de Queirós No dia 8 de agosto de 1845, foi aprovada na Inglaterra uma lei que levava o nome de seu autor, a Lei Aberdeen (Bill Aberdeen), que afirmava “(…) será lícito ao alto tribunal do almirantado e a qualquer tribunal de Sua Majestade (…) julgar qualquer que faça o tráfico de escravos africanos (…)”. O Brasil protestou contra a ingerência (intervenção) nos assuntos internos de nossa política, mas a Inglaterra não tomou conhecimento. O Brasil não tinha saída. Seria muito difícil para um país de economia agrária e dependente enfrentar a maior potência mundial da época. O governo brasileiro teve de ceder. No dia 4 de setembro de 1850, foi publicada a Lei Eusébio de Queirós, que levava o nome do ministro da Justiça, pela qual ficava extinto o tráfico de escravos entre o Brasil e a África. O número de escravos importados caiu rapidamente. As províncias do Nordeste foram as que mais sentiram o fim da importação de mão-de-obra. As províncias do Centro-Sul, que já estavam se dedicando à cafeícultura, conseguiram, num primeiro momento, superar o problema com o tráfico interno de escravos. Porque não se utilizava da mão-de-obra livre nas lavouras? Essa solução era quase impossível, se pensarmos que os três séculos de escravidão geraram uma pequena oferta de trabalhadores. E mesmo esse pequeno contingente de trabalhadores livres não queria enfrentar uma tarefa que foi sempre “coisa de negro“. O trabalho nas grandes lavouras era visto como algo aviltante (que desonra). A conseqüência mais imediata dessa situação foi que os preços de escravos subiram assustadoramente. Alguns latifundiários sentiam que o trabalho escravo era improdutivo e ensaiavam a introdução de imigrantes como mão-de-obra. PEDRO, Antônio. História de civilização ocidental. ensino médio. volume único.
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curiosidades:
01-No dia 4 de setembro de 1850, foi publicada a Lei Eusébio de Queirós, que levava o nome do ministro da Justiça, pela qual ficava extinto o tráfico de escravos entre o Brasil e a África.
02-A conseqüência mais imediata dessa situação foi que os preços de escravos subiram assustadoramente. Alguns latifundiários sentiam que o trabalho escravo era improdutivo e ensaiavam a introdução de imigrantes como mão-de-obra.
03-Como nos tratados de 1810 D. João já havia se comprometido a extinguir o tráfico, os ingleses sentiram-se com autoridade para iniciar a perseguição aos navios negreiros.
04-O problema básico era como manter constante o fluxo de escravos. Como a mortalidade era maior que a natalidade, a tendência era a diminuição do número de escravos.
05- A centralização político-administrativa foi intensificada com a adoção do parlamentarismo em 1847.
06-Era D. Pedro II que escolhia o Primeiro- Ministro. Este, por sua vez convocava as eleições as quais elegeriam os deputados que iriam compor o Parlamento.
07-A principal atividade econômica do Império foi a cafeicultura, que continuou a ocupar essa posição até a República. Além do café, foram explorados também a cana, o cacau, o algodão, a borracha, etc.
08-Os imigrantes estrangeiros substituíram os escravos nos trabalhos da lavoura cafeeira, nas regiões novas da Província de São Paulo. No Vale do Paraíba, os prejuízos foram maiores por não ter sido feita a substituição dos escravos por trabalhadores livres.
vídeo: https://youtu.be/h9145jWidGo
Ana Beatriz
8ano2
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